A velhice sem reforma após uma vida de trabalho no Luxemburgo


Chegaram ao Luxemburgo cheias de esperança, nas décadas de 70, 80 e 90. Muitas portuguesas começaram por cuidar dos filhos em casa e, mais tarde, aceitaram pequenos trabalhos de limpeza, quase sempre sem contrato. Hoje, com a idade da reforma atingida ou ultrapassada, enfrentam uma dura realidade: não têm direito a pensão.

Trabalharam durante anos como empregadas domésticas ou em limpezas, mas sem contribuir para a Segurança Social. A situação de ilegalidade – muitas vezes imposta pelas próprias patroas – impede agora estas mulheres de usufruírem de uma reforma condigna, apesar dos anos de serviço prestado em lares luxemburgueses.

“Não aconselho a ninguém fazer o que fiz. Não há melhor segurança do que trabalhar declarada à Segurança Social. Trabalhei durante anos e hoje não tenho direito a reforma. Eu sei que a culpa é minha, mas na altura não pensei no futuro” disse Emília, 68 anos à Radio Latina.

Sem descontos oficiais, o sistema de pensões não reconhece o tempo trabalhado. Algumas sobrevivem com a ajuda dos cônjuges, outras dependem de apoios sociais como o REVIS. Leia aqui o artigo na íntegra. 


Luxemburgo sob alerta laranja na terça-feira

O Instituto Nacional de Meteorologia, Meteolux, emitiu um alerta de nível laranja para esta terça-feira devido à previsão de temperaturas elevadas.

Segundo o comunicado, a vaga de calor deverá afetar todo o país, com temperaturas máximas previstas entre os 33 e os 35 graus Celsius. A situação meteorológica justifica medidas de precaução, especialmente para os grupos mais vulneráveis como crianças, idosos e pessoas com problemas de saúde.

O alerta estará em vigor esta terça-feira, entre as 12h00 e as 21h00.

As autoridades recomendam evitar a exposição direta ao sol durante as horas de maior calor, manter-se bem hidratado e procurar ambientes frescos.


Termómetros a subir no Luxemburgo. Os conselhos do Ministério da Saúde

Com a chegada ao Luxemburgo de um período de calor intenso, o Ministério da Saúde e da Segurança Social apela à para que se “mantenha vigilante e adote comportamentos adequados”.

Entre as principais recomendações do Governo estão: “A ingestão de água com frequência em pequenas quantidades e sem esperar pela sensação de sede; evitar saídas durante as horas de maior calor; manter as casas frescas, fechando janelas e persianas durante o dia e arejando à noite ou de manhã cedo; optar por refeições leves e ricas em água como frutas e legumes; usar roupa leve, larga e de cores claras; e procurar permanecer, sempre que possível, em locais frescos ou com ar condicionado”.

O Governo recomenda que as pessoas idosas ou vulneráveis que vivam sozinhas sejam acompanhadas, garantindo que estão bem.

Crianças pequenas, idosos e pessoas com doenças crónicas são especialmente sensíveis ao calor, pelo que o seu estado de saúde deve ser monitorizado com particular atenção. 


Saiba como ajudar os animais durante o calor

Com as altas temperaturas que se prevê que possam atingir os 35°C nos próximos dias, é preciso também proteger os animais.

A Administração dos serviços veterinários do Ministério da Agricultura (ALVA) recomenda aos donos de animais domésticos ou de criação a não abandonar estes animais, mesmo que por pouco tempo, dentro do carro estacionado ao sol.

Outra recomendação passa por ter água em quantidade suficiente à disposição nos animais.

O exercício físico durante as horas mais quentes do dia, ou, por exemplo, as caminhadas com cães são também desaconselhadas.

Os animais mantidos ao ar livre devem ter um abrigo natural ou artificial adaptado para se protegerem do sol, aconselha ainda o Ministério da Agricultura.

Em caso de dúvida, as pessoas podem contactar a administração através do mail help@deier.lu. 


Luc Frieden não aceita que o Governo seja chamado de “antissocial”

O primeiro-ministro, Luc Frieden, reagiu à manifestação nacional de sábado que juntou milhares de pessoas. Ouvido pela RTL, o líder do Executivo afirmou que o objetivo do seu Governo é “garantir a coesão social”, recusando que chamem o Executivo de “antissocial”.

Em declarações à RTL, Frieden fez saber que falou com os presidentes dos sindicatos, na tarde de sábado, para mostrar que o Governo está disposto a ouvir medidas alternativas, “no âmbito de um diálogo social calmo e construtivo”.

Disse ainda querer “o melhor para o nosso país, mesmo se isso nem sempre é fácil” e que “por vezes há erros a lamentar, que podem sempre ser retificados”.


Assalto violento na zona da Gare

O bairro da Gare, na capital, continua a dar que falar pelos piores motivos. A polícia dá conta de um assalto com violência na rua Fort Wallis, na noite de domingo.

De acordo com as primeiras informações, dois homens aproximaram-se da vítima. Um deles perguntou em que direção ficava a estação ferroviária. Com o pretexto de agradecer, o indivíduo agarrou o pescoço da vítima com os braços, arrancando parte do seu colar e fugindo em direção a Bonnevoie.

As autoridades têm em curso uma investigação para tentar identificar os agressores.  


Luxemburguesa gravemente ferida após queda de 100 metros na Áustria

Uma mulher luxemburguesa de 47 anos sofreu ferimentos graves num acidente durante uma caminhada na província austríaca de Vorarlberg, na tarde de sexta-feira. De acordo com a polícia estatal daquela localidade, o incidente ocorreu por volta das 11h55, quando a mulher e o marido, da mesma idade, pretendiam descer do Damülser Mittagsspitze, com 2.095 metros de altura.

A luxemburguesa sofreu ferimentos tão graves que teve de ser resgatada por um helicóptero de emergência com um cabo e transportada para um hospital próximo. A polícia refere que os dois luxemburgueses estavam equipados com material de caminhada adequado. 


A polícia vai tomar café com os moradores do bairro da gare

A polícia grã-ducal quer ouvir os moradores do bairro da gare da cidade do Luxemburgo, onde os residentes se continuam a queixar da falta de segurança. Par ouvir o que têm a dizer, as autoridades organizam na quinta-feira, dia 3 de julho, a primeira edição do projeto ‘Tomar café com a polícia. Os moradores são assim convidados a comparecer no café Bloom, no bairro da gare, entre as 16h e as 18h. Não é necessário fazer inscrição prévia.

Com a iniciativa, os agentes querem dar aos moradores a “ocasião de conversarem com os agentes da polícia sobre as suas queixas”.

A ideia é que possam exprimir as suas preocupações, necessidades e expectativas em relação ao bairro, dando também aos agentes a oportunidade de partilhar as suas experiências, dar a conhecer o seu trabalho e aconselhar os residentes.

Redação com Lusa  | Foto: Shutterstock